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Vinha D’alhos
Sobre textos de Maria Velho da Costa
Cine-Teatro da Encarnação – Lisboa / Data de Estreia: 11 de Setembro de 1999
Autor: Maria Velho da Costa
Encenação e Dramaturgia: Maria Emília Correia
Cenário: Rui Filipe Lopes
Figurinos: Fatos de ensaio – Recuperação (Maria Emilia Correia e Rui Filipe Lopes)
Luz: João Paulo Xavier
Som: Hugo de Sousa
Interpretação: Rita Oliveira, Rogério Vieira, Marcantónio delCarlo, Sara Cipriano, Lúcia Maria, Alexandre Ferreira, Maria Emília Correia
Sinopse:
“Em 1973, conheço Maria Velho da Costa durante o processo de “As Novas Cartas Portuguesas”, no qual fui testemunha de defesa… Passa a oferecer-me todos os seus títulos dentre os quais LUCIALIMA (1983)… na minha desvelada busca de textos portugueses sensíveis a experimentações cénicas, o Gastão Cruz sugere-me um capítulo deste romance… Maria Velho da Costa junta-lhe um outro texto, em complemento: PITEIRA, inserto em DESCRITA (1973), também ele inspirado na mesma figura feminina – uma mulher internada desde a adolescência – que fui logo visitar a enfermaria de um hospital psiquiátrico em Lisboa. E porque as narrativas de Maria Velho da Costa logram espaços dramáticos, desconstruídos, poeticamente contaminados (a condizer com um registo, que sempre me seduz, de rendas, parodia e compaixão), lanço logo mãos à obra – o jogo é teatral. E nele perpassa a minha mais infância (improcedente?), regimentos sonoros muito livres, instalações cenográficas somatórias. Ou seja: a realidade como ponto de partida e também razões femininas, sempre temerárias, mil pulsoes, a intuição, o estudo e muito acaso. A forma, é sabido, conduz-me; ser lateral tem custos; o que se faz é velho, certo, só que a visão dos meus artistas o transforma.”
Maria Emília Correia, in: programa de sala
EN
Vinha D’alhos
Texts by: Maria Velho da Costa
Cine-Teatro da Encarnação – Lisbon / Premiere Date: September 11, 1999
Author: Maria Velho da Costa
Staging and Drama: Maria Emília Correia
Set Design: Rui Filipe Lopes
Costumes: Rehearsals – Recovery (Maria Emilia Correia and Rui Filipe Lopes)
Light Design: João Paulo Xavier
Sound: Hugo de Sousa
Interpretation: Rita Oliveira, Rogério Vieira, Marcantónio delCarlo, Sara Cipriano, Lúcia Maria, Alexandre Ferreira, Maria Emília Correia
Synopsis:
“In 1973, I met Maria Velho da Costa during the process of” The New Portuguese Letters “, in which I was a witness of defense … She offers me all her titles, among which LUCIALIMA (1983) … in my unveiling of texts Portuguese Sensitive to Scenic Experiences, Gastão Cruz suggests to me a chapter of this novel … Maria Velho da Costa adds another text, in addition: PITEIRA, inserted in DESCRITA (1973), also he inspired by the same female figure – a woman admitted from adolescence – that I went to visit the infirmary of a psychiatric hospital in Lisbon. And because the narratives of Maria Velho da Costa achieve dramatic, deconstructed, poetically contaminated spaces (to match a record, which always seduces me with lace, parody and compassion), I get down to work – the game is theatrical. And it runs through my childhood (unfounded?), Very free sound regiments, somnographic set installations. That is: reality as a starting point and also feminine reasons, always reckless, a thousand pulse, intuition, study and very chance. The shape, it is known, leads me; being lateral has costs; what you do is old, right, only the sight of my artists transforms you. “
Maria Emília Correia, in: program